quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

10 Mandamentos do Controlo do Tabagismo

Na prevenção dos acidentes cardiovasculares
Seja diferente previna o acidente

O tabaco representa, por si só, a maior causa de morte prematura e doença na União Europeia.
Não admira assim que a sua prevenção, a procura de espaços livres sem fumo e o incentivo à completa cessação tabágica sejam objectivos de saúde da mais alta importância, também no âmbito cardiovascular.
O inquérito Eurobarómetro sobre Tabaco mostrou que as políticas " de prevenção e controlo do tabagismo" têm cada vez mais apoiantes na Europa:
84 % são favoráveis à interdição do tabaco em escritórios e noutros locais de trabalho fechados;
77 % defendem esta interdição em restaurantes e
61 % em cafés e bares.

Colabore activamente para se libertar do tabaco e para assegurar um ambiente livre de fumo para si e seus familiares, amigos e colaboradores.
  1. Estime o seu coração, os seus vasos sanguíneos, o seu pulmão e o seu cérebro. Eles são os únicos!
  2. Não insista em alcatroar o sistema cardiovascular e as suas vias respiratórias, porque eles funcionam muito melhor "ao natural"
  3. O exercício físico regular demonstra-lhe a evidência de um melhor funcionamento do seu organismo ao ar puro e sempre que se encontra livre de fumo e poluição. Acredita nesta demonstração da natureza! Opte por uma actividade física saudável!
  4. O cheiro do tabaco impregna o ambiente do fumador. Os utensílios e móveis impregnados de tabaco transmitem mal- estar e doença. Livre-se desse fumo em terceira mão.
  5. As crianças e os demais agentes passivos de tabaco são vítimas do fumo ambiente. Não fume em casa, na viatura ou no bar. As pessoas que o rodeiam e que o amam e servem não merecem ser assim maltratadas.
  6. A grávida fumadora, ou exposta ao fumo de tabaco, prejudica a esperança de vida do seu bebé e aumento os seus riscos à nascença e na infância.
  7. O fumo do tabaco não acalma nem melhora o controlo do sistema nervoso. Só ilude o fumador com os seus efeitos narcóticos transitórios e variáveis.
  8. O consumo do tabaco pode não parecer prejudicar a saúde, mas consome as defesas do organismo e determina a sua exaustão precoce.
  9. O tabaco é um narcótico forte - se não fuma não experimente; se fuma deixe de fumar agora.
  10. A indústria tabaqueira alimenta-se do consumo dos fumadores e da sua saúde. Não seja instrumento do seu lucro.
A prevenção dos riscos cardiovasculares baseia-se na divulgação e promoção de uma vida saudável e de bons hábitos de saúde.
Não fume e não deixe que o seu ambiente seja poluído com tabaco.
As áreas livres de fumo salvam vidas.

Fonte: Fundação portuguesa de cardiologia

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Desenvolvimento intra-uterino do bebé mês a mês

Primeiro mês
4 a 8 semanas
Óvulo e espermatozoide encontram-se:
Aproximadamente ao 14º dia do ciclo menstrual, o óvulo feminino é libertado pelo ovário e dirige-se ao útero através das trompas. Do encontro com o espermatozoide ocorre a fecundação.

O óvulo fecundado transforma-se em embrião:
Entre 6 a 8 dias após a conceção, o óvulo fecundado implanta-se no útero materno e passa a denominar-se embrião. Nesta fase, este é formado por algumas centenas de células que serão precursoras da formação de todos os futuros órgãos.

O inicio de uma vida aquática:
Devidamente acomodado no útero, o embrião começa a desenvolver os sistemas de formação da placenta e do cordão umbilical, que permitem a adaptação à vida aquática dentro do útero, até o momento do nascimento.

Qual é o aspeto do bebé?
Próximo do final do primeiro mês o seu bebé é, na verdade, uma minúscula "sementinha", menor que um grão de arroz, com aproximadamente 5mm. Nas duas semanas começara a formação do tubo neural ( do qual derivam o cérebro e a medula), do coração, do aparelho digestivo, dos olhos e orelhas, dos braços e pernas.

Segundo mês
8 a 12 semanas
Começa a formação do corpo:
A partir da 5ª semana de gestação, o embrião apresenta um formato oval, parecendo-se já com a estrutura habitual final. Consegue- se perceber numa extremidade a formação do cérebro e no restante a formação da estrutura corporal e dos membros.

Um coração que bate:
É neste período que o coração do seu bebé começará a bater e começam a ser delineados os olhos, as orelhas, a boca e as fossas nasais. Está-se a formar o saco amniótico (juntamente com o líquido amniótico) que tem como função envolver o feto e protegê-lo durante toda a gravidez.

Os órgãos estão-se a formar:
Começa a formação dos dedos e também a definição da estrutura esquelética, inicialmente com a cartilagem e mais tarde com os ossos.
Inicia-se a formação do aparelho genital e dos órgãos da aparelho digestivo.

Qual o aspeto do bebé?
No final deste período, o feto tem aproximadamente 3cm de comprimento e pesa cerca de 10 gramas, tendo agora um aspeto " mais humano".

Fonte: Italfarmaco

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O anel contraceptivo (Nuvaring)

O que é o anel contraceptivo?

É um contraceptivo hormonal que tem a forma de um anel, de textura suave, transparente, flexível, com cerca de 5 cm de diâmetro;
Este anel está impregnado de hormonas que vão sendo libertadas, de forma regular, para a corrente sanguínea.


Como actua?

As hormonas que se encontram no anel vaginal - o estrogénio e o progestagénio - são semelhantes às hormonas produzidas pelos ovários;
Estas hormonas são libertadas diariamente do anel, através das paredes da vagina, para a corrente sanguínea e inibem a ovulação, isto é, impedem que os óvulos se libertem dos ovários e que se dê a fecundação.


Como se utiliza o anel vaginal?
  • No primeiro dia da menstruação, o anel é introduzido na vagina pela própria mulher, onde permanece durante 3 semanas;
  • Passado esse tempo, a mulher deve retirá-lo. Segue-se um intervalo de uma semana até ser colocado um novo anel. Durante este período de tempo surge uma hemorragia de privação ("menstruação");
  • O anel contraceptivo é fácil de colocar e é eficaz desde que esteja dentro da vagina. Caso sinta o anel, basta empurrá-lo um pouco mais.
  • O anel vaginal não interfere com as relações sexuais;
  • Raramente a mulher ou o parceiro terão queixas relacionadas com o seu uso.
  • É possível fazer o exame ginecológico sem retirar o anel.

E se o anel vaginal sair da vagina?

Basta passa-la por água fria ou morna (nunca água quente) e tornar a colocá-lo, tendo em atenção que o anel não pode estar mais de três horas fora da vagina.

Quais as contra-indicações para o uso do anel vaginal?
  • Não deve ser utilizado durante a amamentação;
  • Não deve ser utilizado nas mulheres que têm contra-indicação para o uso da pílula.
  • Em caso de doenças do fígado em actividade, perdas de sangue entre os períodos menstruais ou após as relações sexuais, cancro da mama ou cancro do aparelho reprodutor, ataque cardíaco ou trombose, estas situações devem ser ponderadas numa consulta da especialidade.

Vantagens
  • A mulher não tem que pensar todos os dias na contraceção. Para além disso a mulher pode aderir a um sistema de alerta sms, gratuito, para ser avisada do dia de colocação e remoção do anel;
  • As hormonas contidas no anel não são absorvidas pelo aparelho digestivo, o que permite que a eficácia do método não seja posta em causa em caso de vómitos ou diarreia;
  • É um método reversível: a mulher retoma à fertilidade inicial após retirar o anel;
  • Período mais regulares;
  • Diminuição de dores menstruais.

Desvantagens
  • Tal como em outros métodos hormonais, algumas mulheres podem apresentar efeitos secundários, tais como náuseas, vómitos ou hemorragias vaginal;
  • Não protege das IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).


Fonte: MSD



sábado, 15 de dezembro de 2012

As doenças da tiróide e a gravidez

Que efeito tem a gravidez no funcionamento da tiróide?
Várias alterações fisilógicas próprias da gravidez obrigam a glândula tiróide a um esforço acrescido:
O aumento dos níveis de estrogénio no sangue condiciona um acrescimo das protéinas de transporte das hormonas tiroideias em circulação, o que conduz a um aumento dos níveis totais de hormonas tiroideias no sangue. Porém, as hormonas «livres» (nãoligadas às protéinas e que representam a forma activa da hormona) diminuem, embora permaneçam em geral dentro de valores normais.

Aumento do volume sanguíneo e, portanto, do volume de distribuição das hormonas tiroideas (fenómeno de diluição)
Aumento das perdas de iodo pela urina e passagem através da placenta para o feto, com eventual risco de carência de iodo, necessário para a produção das hormonas tiroideias.

Produção de hCG (gonadotrofina coriónica humana), hormona de origem placentária, que atinge os valores mais elevados no fim do primeiro trimestre da gravidez. Por semelhanças estruturais com a hormona estimulante da tiróide (TSH), pode assumir as suas funções, aumentando a produção de hormonas pela tiróide. A valores mais elevados de hCG correspondem valores mais baixos de TSH.

Estas alterações próprias da gravidez traduzem-se em alterações das análises laboratoriais utilizadas para estudar o funcionamento da tiróide e obrigam a uma correta interpretação dos resultados encontrados.

Quais as implicações para o feto?
A tiróide fetal e o sistema que normalmente regula a sua função só funcionam em pleno a partir das 20 semanas de gestação.
Até lá, o feto depende exclusivamente das hormonas tiroideias maternas que são essenciais para um normal desenvolvimento do sistema nervoso central.

As doenças da tiróide são relativamente frequentes na população em geral e, em particular, nas mulheres em idade fértil.
Na gravidez pode alterar a evolução natural das doenças da tiróide (e o seu tratamento) possam afetar a evolução normal da gravidez, a mulher grávida e o feto.

O diagnóstico é feito através do doseamento das hormonas tiroideias no sangue e da ecografia da tiróide. É importante relembrar que, na gravidez, os resultados das análises poderão ter uma interpretação diferente, porque os valores de referência habituais apresentados pelo laboratório podem não ser adequados para a gravidez.

Quais sáo as doenças mais frequentes? Que implicações têm? Como tratá-las?
Hipotiroidismo
A carência materna de hormonas tiroideias (hipotiroidismo) pode atingir mais de 3% das gestações. Em alguns casos, esta situação já era conhecida pela mulher antes de engravidar. A causa mais frequente é uma inflamação crónica da tiróide, de natureza auto-imune: a tiroidite crónica auto-imune (linfocítica ou de Hashimoto).

Se não for tratado, o hipotiroidismo provoca alterações do desenvolvimento cerebral e intelectual do feto. Relaciona-se ainda com um aumento da incidência de abortamento e de parto pré-termo. Os sianis e sintomas são inespecíficos e facilmente confundíveis com queixas frequentes na gravidez: aumento de peso, falta de forças, cansaço e obstipação. Pode haver ainda um aumento do volume da glândula tiroideia, vulgarmente conhecido por bócio. O tratamento é obrigatório e faz-se com levotiroxina (L_T4), a hormona que a tiróide produz em maior quantidade e que pode transformar em T3 de acordo com as necessidades.
Se o hipotiroidismo já era conhecido antes da gravidez, a dose de levotiroxina deve ser aumentado até 30% ou 50%, pelas 4 a 6 semanas de gestação.
Após o parto, as necessidades de levotiroxina, em geral, diminuem para as doses habituais na mulher não grávida, mesmo durante o período de amamentação.

Hipertiroidismo
O excesso materno de hormonas tiroideias (hipertiroidismo) é uma situação mais rara que a anterior, mas pode atingir até 1 % das grávidas. A causa mais frequente é a Doença de Graves, também de natureza auto-imune.
O hipertiroidismo não tratado relaciona-se com o aumento da incidência de abortamento e de parto pré-termo, baixo peso ao nascer, pré-eclampsia, insuficiência cardíaca na mãe e no feto e morte intra-uterina.

A clínica também é inespecífica, confundindo-se com queixas frequentes na gravidez: vómitos, emagrecimento, taquicardia e intolerância ao calor. O bócio e a exoftalmia (procidência dos globos oculares) são sinais mais específicos da Doença de Graves.

No tratamento do hipertiroidismo da grávida no 1º trimestre ou da mulher que pretende engravidar, é preferido um fármaco antitiroideu específico - o propiltiouracilo - que apresenta menor risco de provocar malformações no feto. No 2º e 3º trimestres, recomenda-se o tiamazol, que é menos tóxico para o fígado. Se a cirurgia for necessária (raramente por efeitos secundários graves dos fármacos), deverá ser realizada no decurso do 2º trimestre da gravidez.

O tratamento com iodo radioactivo está absolutamente contra-indicado.
O seu médico controlará regularmente a função tiroideia para ajustar as doses do medicamento. É provável que a doença melhore ao longo da gravidez, levando a uma redução das doses do tratamento. Porém, poderá haver um agravamento da doença após o parto.

Tiroidites
A tiroidite é um processo inflamatório da glândula tiroideia, em geral crónico e de natureza auto-imune. Os anticorpos antitiroideus (antiperoxidase tiroideia e antitireoglobulina) são detectados muito frequentemente (10% a 15% das grávidas). Os níveis destes anticorpos descem progressivamente durante a gravidez, mas podem subir de novo no pós-parto. Estas mulheres têm um risco aumentado de desenvolver hipotiroidismo, pelo que a função tiroideia deverá ser vigiada uma vez por trimestre.

Muitas desenvolverão um processo de tiroidite nos primeiros 6 meses após o parto - tiroidite pós parto. Caracteriza-se por uma inflamação indolor, com uma fase inicial de aumento dos níveis sanguíneos de hormonas tiroideias, seguido de normalização e posterior diminuição destes níveis sanguíneos de hormonas tiroideias, seguido de normalização e posterior diminuição destes níveis hormonais. Habitualmente, esta situação tem uma resolução espontânea, mas há tendência para voltar após a gravidez seguinte. Cerca de 20% a 60% das mulheres com história de tiroidite pós - parto desenvolverão hipotiroidismo definitivo em 5 a 10 anos.

Doença nodular
A investigação dos nódulos da tiróide durante a gestação é semelhante à da mulher não grávida e inclui uma avaliação da função tiroideia através de análises sanguíneas, da realização de uma ecografia e de uma biopsia aspirativa, se indicado. O risco de cancro na mulher grávida é semelhante ao da mulher não grávida e a gravidez não agrava o seu prognóstico. O diagnóstico de cancro da tiróide obriga a cirurgia, que geralmente se adia para depois do parto. Em situações graves, poderá optar-se por uma intervenção cirúrgica no 2º trimestre, período da gravidez em que o risco é menor para o feto. O tratamento com Iodo131, quando necessário, será sempre adiado para depois do parto.

Tendo doença tiroideia poderei amamentar? E se necessitar de medicação?
A presença de disfunção tiroideia materna persistente após o parto não é razão suficiente para não amamentar. Apesar de «passarem» para o leite, os fármacos utilizados nas doenças tiroideias podem ser utilizados durante a amamentação com pouco risco para o recém-nascido.
No hipotiroidismo, as necessidades de levotiroxina após o parto diminuem, voltando às necessidades basais.
No hipertiroidismo, o fármaco a utilizar será o tiamazol, pois o risco de provocar malformações já não se coloca. Não devem ser ultrapassadas doses de 20mg/dia.

Fonte: Merck











sábado, 3 de novembro de 2012

Doenças de coração na mulher


A doença cardiaca é associada com mais frequência ao género masculino do que ao feminimo, o que pode alimentar a ideia de que as mulheres estão mais protegidas. Mas na verdade as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte também entre as mulheres, mais do que as doenças oncológicas.
Na origem desta menor sensibilidade para o impacto da doença cardíaca na qualidade de vida e na sobrevivência das mulheres pode estar a facto de os problemas acontecerem mais tardiamente do que nos homens e, de além disso, os sintomas serem mais subtis.

Dor e opressão no peito, espalhando-se para o braço esquerdo, é um dos sintomas mais conhecidos da doença cardíaca. Nos homens é mesmo o mais frequente. Mas nas mulheres manifestam-se outros sinais que não são, de imediato associados ao coração: dificuldade em respirar, náuseas ou vómitos, sensação de indigestão, fadiga, ansiedade são alguns deles. Ora estes sinais podem ter muitas outras causas, desde logo stress e até depressão, pelo que não se pensa no coração em primeiro lugar. Em consequência, a doença pode acabar por ser ignorada e diagnosticada mais tarde do que nos homens.

Aliás, nas mulheres. a doença surge numa fase mais avançada da vida do que nos homens, muitas vezes associada à menopausa. A explicação reside nas hormonas femininas, nomeadamente nos estrogénios, que parecem ter um efeito protector sobre o coração e as artérias. Durante a idade adulta, as mulheres estão pois, mais salvaguardadas da doença cardíaca, aumentando o risco  com a "chegada" da menopausa. Há uma menor produção hormonal, associada ao declínio da fertilidade feminina, o que aumentará a vulnerabilidade do coração aos factores de risco.

Homens e mulheres passarão a ter probabilidades semelhantes de doença cardíaca. Ainda assim, não é uma fatalidade. Antes pelo contrário, esta diferença em relação aos homens pode ser uma vantagem para as mulheres pois têm os anos anteriores à menopausa - A maior parte da vida, afinal, para reduzirem o risco de doença cardíaca. Há fatores que não podem ser modificados: è assim com a hereditariedade, na medida em que a doença tende a predominar em certas famílias, nomeadamente devido à genética, mas também devido aos comportamentos adquiridos. Sabe-se que membros de uma mesma família tendem a praticar o mesmo tipo de alimentação, a ter a relação com o exercício físico e a exibir hábitos idênticos, como fumar (ou não). Mas há outros fatores que podem ser alterados, nomeadamente os que estão associados ao estilo de vida.
Em matéria de doença cardíaca não há risco zero. Nem para homens nem para mulheres.
Quer eles, quer elas, podem e devem zelar pela saúde do coração.

Prevenir o risco
A saúde do coração está ao alcance de todos nós e passa, essencialmente, pela adopção de um estilo de vida saudável,independentemente do género.Assim:

Alimente-se de uma forma equilibrada - limite o consumo de gorduras saturadas e aumente o de fibras incluindo a cada refeição uma dose de legumes e de fruta.


Controle o peso - emagreça o risco, medindo o seu índice de massa corporal e estabilizando os quilos adequados para a sua estatura.

Apague os cigarros - o fumo do tabaco contém substâncias tóxicas que entram na circulação sanguínea afetando a sua saúde cardiovascular.

Vigie a pressão arterial, o colesterol e a glicemia - estes fatores de risco importante: se  os seus valores excederem os normais, consulte o seu médico; se já toma medicamentos, respeite a terapêutica.

Aprenda a gerir o stress - faça uma pausa para relaxar; ler um livro; fazer uma sesta; tomar um banho de espuma ou conversar com os amigos previnem os estados ansiosos e depressivos.

Fonte: Revista + Saúde

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A data provável de nascimento do meu bebé

Durante os próximos meses a data provável de nascimento do seu bebé será das questões que mais lhe dará que pensar. Uma gravidez demora em média 266 dias 0u 38 semanas. Uma vez que a maioria dos casos a data exacta da conceção não é conhecida, o cálculo é feito a partir do primeiro dia da última menstruação. Daí resulta então de uma gravidez "calculada" de 280 dias (40 semanas) ou de dez meses de 28 dias.
É assim que a data de nascimento é calculada: ao primeiro dia da última menstruação são acrescentados sete dias e nove meses.

Exemplo: Se a sua última menstruação teve início a 10 de Agosto, a data de nascimento calculada para o seu bebé é de 17 de Maio. Imagine que calha a uma quarta feira - todas as quartas feiras faz mais uma semana de gravidez.
No entanto poucos são os bebés que cumprem à risca este calendário, já que a maioria deles nasce até uma semana antes ou depois da data prevista.

Última menstruação + 7 dias + 9 meses = DPP (data provável do parto)

Fonte: O guia da Gravidez

Leia também este post: gravidez e exames médicos
Leia também este post: doenças transmitidas por animais durante a gravidez
Leia também este post: desporto durante a gravidez

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os benefícios dos antioxidantes

Os radicais livres são produzidos no nosso organismo e resultam, em parte, dos processos metabólicos que sustentam a vida, principalmente da respiração celular. Nem todos são prejudiciais-estão envolvidos no combate às bactérias e vírus - mas quando são produzidos em excesso podem danificar as células saudáveis. E as causas deste excesso de produção de radicais livres são silenciossas: o fumo do tabaco, a poluição, as radiações solares, o álccol. alguns medicamentos, uma alimentação rica em gorduras e pobre em vitaminas. A solução encontra-se no nosso próprio corpo, com um mecanismo de defesa apropriado para combater este efeito: os antioxidantes.


Os benefícios dos antioxidantes
É a alimentação que vamos buscar os antioxidantes de que o organismo necessita, principalmente vitaminas e sais minerais. As principais fontes de antioxidantes são a fruta e os legumes, daí a importância de serem ingeridos a todas as refeições.
O recomendado é ingerir diariamente cinco porções destes alimentos: três peças de fruta e 200 gramas de legumes ou duas peças de fruta e 300 gramas de legumes,dependendo dos gostos de cada um...

As vantagens destes alimentos são inúmeras: possuem níveis mínimos de gorduras e um elevado teor de fibras, ao mesmo tempo que conferem uma sensação de saciedade, o que leva a um menor consumo de alimentos gordos  e ricos em açucares entre as refeições. As suas propriedades antioxidantes fazem deles bons aliados no prolongamento da juventude e oferecem proteção contra doenças cardiovasculares e oncológicas, bem como cataratas, Parkinson e Alzheimer, que são algumas das doenças relacionadas com o excesso de radicia livres. apesar de benefício dos alimentos naturais ser significativamente superior, pode-se ainda recorrer apenas como complemento, aos suplementos vitamínicos, embora nunca sem aconselhamento de um profissional de saúde.


Outras abordagens de sucesso
A fruta e os legumes são as principais fontes de antioxidantes, mas não as únicas.Existem vários alimentos valiosos para a nossa saúde, que nos dotam de nutrientes fundamentais. O importante para a obtenção do necessário equilibro nutricional é variar, não privilegiando uns alimentos em detrimento de outros. Assim, o betatacaroteno pode ser encontrado nos bróculos, agrião e demais vegetais de folha verde, cenoura, batata doce e abóbora; a vitamina C nas laranjas, kiwi, morangos  frutos silvestres, brócolos, espinafres, manga, tomate, pimento e uvas; a vitamina E no óleo de gérmen de trigo,amendoim, nozes,amêndoas, sementes e óleo de girassol, milho, brócolos, espinafres,óleo de soja e azeite; 

O Licopeno no tomate, melância e goiaba; os Flavonoides nas uvas, vinho tinto, chá, azeite e azeitonas; O selénio em cereias pouco refinados, frutos secos, atum e ovo, finalmente, O Zinco em ostras, cereais integrais, marisco e carne.

Fonte: Revista + Saúde

domingo, 21 de outubro de 2012

Gravidez e exames médicos


Um acompanhamento regular por parte do seu médico ou de uma enfermeira de obstetrícia durante a gravidez é importante para garantir tanto a saúde da grávida como a do seu bébe.
Quaisquer problemas que eventualmente possam surgir serão assim reconhecidos e solucionados a tempo.
É aconselhável consultar o médico tão cedo quando possível, de preferência logo após notar a falta da menstruação, sobretudo se tiver problemas se necessitam de um tratamento contínuo, por exemplo diabetes ou epilepsia ou possivelmente até uma doença do sangue anemia falciforme.

Se pretende e puder planear a gravidez com antecedência, o ideal será procurar o concelho de um médico antes mesmo da concepção. Se teve problemas em gravidezes anteriores ou se tem um filho com alguma deficiência grave, o seu médico decidir encaminhá-la para um especialista.

Todas as mulheres têm direito a vigilância gratuita de saúde, no centro de saúde, e no hospital quando se tratar de uma gravidez de risco.
Dez consultas são o número aconselhável que se espera de uma mãe responsável, pois só assim poderá o médico ou enfermeira de obstetrícia acompanhar o desenrolar da gravidez com rigor.

A primeira consulta o médico começará por fazer um exame para confirmar a gravidez. O médico irá saber se tem outros sintomas, tais como dores nas mamas e necessidade de urinar mais frequente.Far-lhe-á também perguntas sobre a sua saúde em geral, irá querer saber das doenças que teve no passado e que possa ter no momento.
Quererá também saber quais os medicamentos que presentemente anda a tomar.
Se já antes esteve grávida, deverá facultar toda a informação sobre a gravidez e exames pré-natais anteriores. O exame físico compreende análises ao sangue e à urina, medição da tensão arterial, pesagem e medição da altura, bem como um exame do abdómen, da pele, do coração, dos pulmões e das mamas. Um exame ginecológico confirma as transformações no colo do útero e no útero originadas pela gravidez e permite determinar com quantas semanas de gravidez se encontra. A par da determinação do grupo sanguíneo e do factor Rhesus no início da gravidez, são também feitos testes para despiste de determinadas infeções, p.ex. rubéola ou toxoplasmose.(uma doença infecciosa transmitida por animais e pode revelar-se perigosa para o seu bebé).

Estes são os procedimentos de rotina dos exames de prevenção:

  • Análises ao sangue regulares. Entre outras coisas é controlada a quantidade de hemoglobina (pigmento que transporta oxigénio e que  dá ao sangue o seu aspecto avermelhado), com vista a detetar uma eventual anemia, algo que ocorre com frequência durante a gravidez. Nesse caso, o seu médico prescrever-lhe-á comprimidos de ferro.
  • A tensão arterial é medida.
  • Um teste à urina revela os teores de açucares e de proteínas, para além de fornecer dados sobre o funcionamento dos rins.
  • Será feito um exame pélvico para confirmar se o tamanho do útero corresponde à fase da gravidez em que se encontra e se o colo do útero se mantém fechado.
  • Oscultação dos batimentos cardíacos do bebé são normais
  • Palpação do abdómen para determinar a posição e o tamanho do bebé.
  • Exames às pernas para detetar a presença de varizes e inchaços
Fonte: O guia da gravidez, Felicitas

sábado, 13 de outubro de 2012

Inseminação Intra-Uterina

A inseminação intra-uterina é uma técnica usada por casais com problemas de fertilidade, que consiste na introdução de espermatozoides na cavidade uterina, após preparação laboratorial.

Trata-se de uma técnica simples que poderá ser realizada no consultório. A mulher tem que estar na posição ginecológica. Com ajuda de um especulo o médico introduz a cânula com os espermatozoides no útero através do orifício do colo do útero. Depois de realizada a técnica a mulher tem que continuar deitada durante 15 a 30 minutos. O médico poderá decidir fazer este procedimento com controle ecografico (ecografia pélvica).

Para se submeter à inseminação intra-uterina a mulher tem que ter pelo menos uma das trompas permeáveis. O homem deve ter um número de espermatozoides normais e móveis superior a 5 milhões.

Previamente à inseminação intra-uterina o casal terá de efetuar uma série de exames:
O processo inicia-se no 2º dia da menstruação, normalmente com recurso a medicação para estimular o ovário e com controle de ecografia ginecologica de 2 em 2 dias. O procedimento poderá ser realizado sem estimulação do ovário, mas os resultados parecem ser inferiores. Pode ser usado o esperma do marido ou esperma de um dador. Esta técnica não garante a gravidez, uma vez que a taxa de sucesso é muito baixa.

É feita uma avaliação criteriosa do casal. A inseminação intra-uterina é adequada para casais que apresentam alterações do colo do útero, ovários poliquisticos, alterações leves e moderadas dos espermatozoides.

Por norma não se realizam mais do que três a quatro ciclos de inseminação, (90% das mulheres submetidas a este procedimento engravidam nas três primeiras tentativas). Quando este método falha, devem ser considerados outros procedimentos mais complexos, como por exemplo a fertilização In Vitro (FIV).

As grávidas resultantes deste procedimento estão sujeitas às mesmas complicações que podem ocorrer com as outras mulheres, incluindo a implantação do embrião fora do útero (gravidez ectópica).

Quando há estimulação ovárica, em situações muito raras, poderá haver uma resposta muito excessiva dos ovários, dando origem ao sindrome de hiperestimulação ovárica. Em algumas situações será necessário internamento para uma maior vigilância e tratamento específico.
A frequência de malformações congénitas em recém-nascidos resultantes da inseminação intra-uterina não é semelhante à observada na população em geral.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Teste rápido de urina

O teste rápido de urina é um exame simples e indolor, realizado com fitas reativas que podem ser compradas na farmácia. Pode ser feito a qualquer hora e em casa.

É conhecido por Combur test ou Multistix. Rápido, económico, é o primeiro exame pedido pelo seu médico no centro de saúde, nas urgências ou na consulta externa, quando o doente apresenta suspeita de infeção urinária (ardor, dor ao urinar, peso no fundo barriga ou pequenas perdas de urina), problemas renais, ou problemas hepáticos.

Como se faz o exame de urina?
A pessoa urina uma pequena quantidade para um recipiente. Introduz a fita dentro do recipiente com urina, retira-a de imediato e remove o excesso da amostra com auxilio de uma toalha de papel. Aguarda 2 minutos e de seguida coloca a fita ao lado do frasco. O frasco traz um autocolante com uns quadrados com cores diferentes e com alguns nomes de constituintes da urina, se houver alterações na urina alguns quadrados mudam de cor.

Através deste simples teste poderá ser avaliada a existência de proteínas, nitrito, leucócitos, sangue, glucose, bilirrubina, uribilinogeno, corpos cetónicos, densidade, valor pH. Estes parâmetros ajudam o médico a determinar o diagnóstico e o  tratamento se houver alterações nas fitas reativas.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Esclerose Múltipla - o que deve saber!

 O que é a Esclerose Múltipla?
A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória e degenerativa do sistema nervoso central, que interfere com a capacidade do cérebro em controlar funções tais como ver, caminhar, falar e outras.
Denomina-se múltipla porque:
Muitas áreas dispersas do cérebro e da espinhal medula são afetadas.

Esclerose Múltipla ou Esclerose em Placas
  • Ocorre em adultos jovens;
  • É mais frequente nas mulheres,
  • Não é uma doença mental
  • Não é Contagiosa
  • Não é suscetível de prevenção ou cura ... por enquanto!
De que maneira é que a esclerose múltipla afeta o Sistema Nervoso Central?
O Sistema Nervoso Central atua como um quadro de distribuição, enviando mensagens elétricas através dos nervos para as diversas partes do corpo.
Estas mensagens controlam todos os movimentos voluntários e involuntários do nosso corpo.
A escleore múltipla interrompe a condução normal das mensagens
A maioria das fibras nervosas normais são revestidas pela mielina, uma substância constituída principalmente por proteínas e gorduras que ajuda a condução das mensagens.

Na esclerose múltipla a mielina rompe-se e é substituída por tecido cicatricial (esclerose).
Este facto altera e pode até bloquear a condução das mensagens.
Há perda de controlo de algumas funções fisiológicas porque as mensagens não são conduzidas corretamente.
Se a lesão for moderada a mielina pode reconstituir-se

Sintomas da Esclerose Múltipla
Variam de pessoa para pessoa e ao longo do tempo na mesma pessoa.
Qualquer dos sintomas indicados pode ser devido a outras doenças.
Certifique-se com um médico
Nenhum doente sofre ao mesmo tempo de todos estes sintomas
  • Visão dupla ou descontrolo no movimento dos olhos
  • Arrastar dos pés
  • Tremor das mãos
  • Perda de controlo urinário e fecal
  • Adormecimento ou sensação de formigueiro
  • Fraqueza ou fadiga extrema ou fadiga sem causa aparente
  • Perda de coordenação dos movimentos
  • Alterações da fala
  • Perturbações do equilíbrio
  • Paralisia parcial ou completa de alguma parte do corpo
  • Distúrbios cognitivos e emocionais - fraca capacidade de concentração e perda de memória recente
  • Perturbações da sexualidade e intimidade - impotência ou diminuição do desejo sexual.
O diagnóstico de esclerose múltipla não é razão para desespero !
As pessoas com E.M. podem levar uma vida normal independente, ativa e satisfatória apesar de poderem sofrer de incapacidades ocasionais.

Há vários tipos de Esclerose Múltipla
A evolução da E.M. é imprevisível.
Algumas pessoas são muito pouco afetadas enquanto outras ficam muito incapacitadas.

Surtos- Remissão - É a forma mais frequente e caracteriza-se por surtos seguidos de melhoria total ou parcial.

E.M.Benigna - Começa por surtos iniciais seguindo-se de remissão que se mantém por 10 ou 15 anos depois.

Secundária progressiva - Começa por surto- remissão mas vém a desenvolver-se incapacidade tardiamente.

Primaria progressiva - Desenvolve-se em surtos com desenvolvimento progressivo da incapacidade.

Esperança de vida
Para a maioria dos atingidos pela Esclerose Múltipla é usualmente idêntica à das pessoas não afetadas
45% dos afetados pela E.M.continuam ativos e são auto-suficientes nas suas atividade a e durante muitos anos após ter sido feito o diagnóstico.

Que fazer ?
Por enquanto não existe cura para a Esclerose Múltipla. No entanto muito pode ser feito para ajudar os portadores a serem independentes e terem uma vida produtiva e com qualidade.

Exercício Físico / Tratamento de reabilitação
Antes de escolher o seu programa de exercícios consulte um médico, especialista em medicina Física e de Reabilitação, que supervisione os resultados e a evolução. Não faça qualquer exercício sem critério porque pode ser prejudicial.

Psicoterapia a aconselhamento
Terapia individual e de grupo ajudam os portadores e seus familiares a enfrentar as depressões, ansiedades e limitações causadas pela E.M.(os períodos de remissão, com incertezas quanto à sua duração, podem tonar a aceitação da doença particularmente difícil.

Medicamentos
A metilprednisolona encurta e diminui a intensidade do surto.
O acetato de Glatirâmero e os interferons diminuem o número e intensidade dos surtos. Para formas mais agressivas da E.M. já existem outros tratamentos disponíveis. Existem diversos medicamentos que podem servir para tratar alguns dos sintomas.

Princípios Gerais
  1. A evolução da Esclerose Múltipla é imprevisível. Uma reavaliação médica periódica é importante.
  2. Perante qualquer agravamento deve consultar imediatamente o seu médico.
  3. Deve evitar a fadiga, física e mental, e a exposição ao calor.
  4. Nem todos os problemas médicos que podem surgir são atribuíveis à E.M. O médico apreciará com precisão
  5. Face a notícias (difundidas pela comunicação social ou internet) sobre novos meios de tratamento da Esclerose Múltipla deve colher informações bem fundamentadas junto do seu médico ou da SPEM - Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla.

A utilização correta dos medicamentos prescritos dos medicamentos prescritos pelo seu médico permite reduzir o número de surtos e pode retardar o agravamento da Esclerose Múltipla.

Que Fazer?
Saiba que pode ajudar as pessoas com Esclerose Múltipla e as suas famílias.
Tomando conhecimento dos factos acerca da Esclerose Múltipla e Informando outras pessoas.
Tornando-se sócio da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla - SPEM
Aderindo voluntariamente a programas de apoio às pessoas afetadas pela Esclerose Múltipla.
Apoiando a legislação tendente à criação de condições favoráveis aos deficientes, tais como:
instalação de rampas e elevadores em todos os edifícios públicos;
facilidade em transportes públicos; eventualmente proporcionando-lhes condições e horários de trabalho compatíveis e aproveitando ao máximo as suas capacidades evitando a aposentação precoce.

Calcula-se que haja em todo o mundo cerca de um milhão e trezentas mil pessoas a quem foi diagnosticadas Esclerose Múltipla. Destas , 400.000 na Europa.
A prevalência considerando a população mundial ronda globalmente 30/100.000. Em Portugal há mais de 5.000 pessoas com E.M.
A EM aparece em jovens em idade de construir família e em inicio de carreira profissional
Apesar dos muitos esforços já despendidos a investigação é fundamental, para esta doença, já que não é ainda bem conhecida a causa e muito menos a cura.
Depois do diagnóstico muitas pessoas atravessam um período longo de afastamento em relação a cuidados multidisciplinares de saúde; e a suporte social.
A progressão da incapacidade pode ocorrer e ir passando à margem de cuidados de saúde fundamentais: depressão, alterações cognitivas, disfunções urinárias ou sexuais, etc.
As pessoas com E.M. devem manter os seus empregos o mais tempo possível embora tenham uma situação com flutuações ou progressiva/ degenerativa, o que obriga a redução de horas e/ ou adaptações do posto de trabalho.
Os cuidados paliativos não estão disponíveis nem adequados para pessoas com formas avançadas de E.M. que têm necessidades físicas e psicológicas complexas.
É vital, particularmente quando já há alguma incapacidade , que as pessoas com E.M. tenham acesso a uma equipa multidisciplinar de cuidados especializada em E.M.
As pessoas com E.M. têm muito a oferecer aos profissionais, pela respetiva experiência e conhecimento da doença.

Fonte: SPEM - Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, com apoio Sanofi Aventis

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dores menstruais ou dismenorreia

Trata-se de um período menstrual muito doloroso, as dores localizam -se na região inferior do abdómen.
A dismenorreia poderá ser primária ou secundária
Designa-se por dimenorreia primária, se o período doloroso começa no espaço de três anos após a primeira menstruação.
Deve-se a fenómenos naturais, fisiológicos associados a menstruação, não há qualquer doença subjacente.
A dismenorreia primária é mais comum em mulheres jovens. Pode aparecer desde a primeira menstruação (menarca) e diminuir normalmente com a idade.
A dismenorreia secundária pode aparecer em qualquer período da vida da mulher em idade fértil, poderá estar associada a problemas do foro ginecológico como por exemplo endometriose ou fibromiomas.

Qual é a causa das dores menstruais?
As mulheres todos os meses estão sujeitas a um ciclo hormonal, assim a hormona FSH (hormona estimulante dos folículos) provoca o amadurecimento do óvulo e posteriormente LH (hormona leiteizante) a sua libertação no útero. No útero na parte interna do útero chamada de endométrio, aumenta de espessura e reveste-se de uma rede de vasos sanguíneos. Este é o local onde o ovo (resultante da fecundação do óvulo pelo espermatozoide) se irá implantar e se desenvolver na fase da gravidez.
Quando não há fecundação, os níveis hormonais baixam e o revestimento interno do útero, morre, descama e é eliminado através da vagina (menstruação).
Quando a camada interna do útero (endométrio) descama, a rutura de tecidos provoca a libertação de prostaglandinas que são substâncias que provocam contrações nos músculos do útero.
Quando essas contrações são dolorosas é chamada de dismenorreia.

Sintomas:
Os principais sintomas são dores na região abdominal inferior que poderão irradiar para a parte superior das coxas e para as costas.
Este tipo de dores surgem no dia anterior ou no primeiro dia do período menstrual e prolongam-se por dois ou três dias desaparecendo gradualmente.
Podem estar associados a outros sintomas como náuseas, vómitos, dores de cabeça e fluxo menstrual muito abundante.

Quando devo ir ao médico?
Deve ir ao médico quando não tolera as dores, quando os analgésicos tomados em quantidades moderadas não abrandarem as dores
Se precisa de ficar de cama um dia por mês no mínimo.
Deve ir ao médico quando estas dores afetam a sua rotina diária, familiar e profissional.

Tratamento da dismenorreia
O tratamento da dismenorreia primária destina-se a aliviar as dores.
Os analgésicos precisam de ser tomados apenas quando há dores e durante os três primeiros dias da menstruação.
Poderão ser usados analgésicos como o Paracetamol-500 a 1000 mg, três vezes ao dia, ou então anti-inflamatórios como o Ibuprofeno 200-400 mg, três vezes ao dia, após as refeições.
Por indicação médica poderá ainda tomar uma pílula para o controlo da dor e regular o período menstrual.
Em complemento ao tratamento farmacológico, para aliviar dores menstruais, poderá aplicar-se sacos de água quente na barriga, massajar a barriga para descontrair os músculos, praticar exercício físico, banhos quentes e repouso na cama.
Todos estes procedimentos contribuem para um certo conforto ou até mesmo para diminuir as dores.
Na dismenorreia secundária deve ser vigiada pelo o seu médico assistente ou ginecologista.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O que é um adesivo contracetivo transdérmico (Evra)

O adesivo contracetivo é um novo método contracetivo, desenvolvido sob a forma de adesivo. Trata-se de um adesivo fino e de cor bege, para aplicação na pele. O lado aderente fica colado à pele, após a remoção do revestimento protetor transparente. Em contacto com a pele, o adesivo permite a libertação contínua para a corrente sanguínea das substâncias ativas.

Como se utiliza?
O adesivo deve ser colocado sempre no mesmo dia de cada semana, já que foi concebido para atuar ao longo de 7 dias.
Cada adesivo não deve permanecer em contacto com a pele durante mais 7 dias seguidos
Deve ser utilizado apenas um adesivo de cada vez. O adesivo não deve ser aplicado em pele vermelha, irritada ou esfolada.
O adesivo deve aderir firmemente à sua pele de modo a atuar de forma adequada. O adesivo deve ser pressionado firmemente contra a pele até os bordos aderirem bem.
Não devem ser utilizado cremes, óleos, loções, pó ou maquilhagem na pele sobre a qual irá ser aplicado um adesivo ou na área circundante. Estes produtos poderão causar o descolamento do adesivo.
O novo adesivo não deve ser aplicado na mesma zona da pele onde se encontrava o adesivo anterior. Se assim acontecer, a probabilidade de ocorrer irritação no local de aplicação é maior.
Deve ser verificado diariamente se o adesivo se mantém colado na pele.
Os adesivos devem ser aplicados mesmo na ausência de relações sexuais muito frequentes.
Quando é utilizado pele primeira vez, deve aguardar-se pelo o primeiro dia da menstruação.
O primeiro adesivo deve ser aplicado durante as primeiras 24 horas do período menstrual.
Se o adesivo for aplicado após o 1º dia do período de menstruação, deverá ser utilizado adicionalmente um método contracetivo não hormonal durante a primeira semana (até ao dia de mudança para o novo adesivo).
O dia em que é aplicado o primeiro adesivo é designado por Dia 1, passando o dia da semana respetivo a ser o "Dia de Mudança" do adesivo.
O adesivo pode ser aplicado na nádega, abdómen, parte externa do braço ou parte externa do braço,ou parte superior das costas.
 O adesivo deve ser aplicado em pele limpa, seca, sem pêlos, num local onde não seja friccionado pela roupa apertada.
O adesivo  não deve ser aplicado na região na região mamária.
A saqueta em folha de alumínio deve ser aberta com os dedos, rasgando-a ao longo da extremidade (não utilizar tesouras).
Deve segurar-se firmemente num dos cantos do adesivo, retirando-o, com cuidado, da saqueta em folha de alumínio.
Por vezes, os adesivos podem aderir ao interior da saqueta - neste caso deve haver cuidado, para que o revestimento transparente não seja removido acidentalmente ao retiar-se o adesivo.
Depois, e conforme indicado, deve descolar-se metade do revestimento protetor transparente.
Evite tocar na superfície aderente.
O adesivo deve ser colocado sobre a sua pele, retirando-se de seguida a outra metade do revestimento.
O adesivo, deve ser utilizado durante 7 dias ( uma semana). No primeiro "Dia de Mudança" do adesivo, ou dia 8, o adesivo usado deve ser retirado.
Deve ser aplicado um novo adesivo, imediatamente.
Deve ser aplicado um novo adesivo na semana 2 (dia 8) e novamente na semana 3 (dia 15), durante um total de três semanas.
Não deve ser utilizado qualquer adesivo na semana 4 (dias 22 a 28).
A menstruação deverá surgir nesta semana.
Para que a eficácia contracetiva seja mantida, o adesivo seguinte deverá ser aplicado no dia correto.
O ciclo seguinte de quatro semanas é iniciado aplicando um novo adesivo no "Dia de Mudança" habitual, imediatamente após o dia 28 - independentemente do dia em que tenha começado ou terminado a menstruação (hemorragia de privação).

Existe algum cuidado na higiene diária e ou na prática de exercício físico?
As atividades normais como tomar banho de imersão, tomar duche, fazer sauna ou praticar exercícios físicos não afetam o adesivo. O adesivo foi concebido para manter a adesão à pele durante este tipo de atividades.

Fonte: Janseen - cilag

Leia também o post: Métodos contracetivos

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cuidados a ter com a ferida resultante do parto (episiorrafia)

Definição
A episiorrafia é a cicatriz resultante da incisão (corte) no períneo- episiotomia, realizada com o objectivo de aumentar a abertura vaginal durante o período expulsivo, de forma a evitar lacerações extensas. A sutura da episiotomia ou de possíveis lacerações do períneo realiza-se com pontos absorvíveis, " que caem" sozinhos, e cicatrizam em 1 semana, sem que na maioria dos casos ocorra qualquer complicação.

Cuidados a ter com a episiorrafia
Realizar uma higiene genital cuidadosa, lavando com água e sabão ou com água fervida com sal e enxaguando com bastante água, 2 a 3 vezes por dia. A higiene deve ser mantida após cada ida à casa de banho, tendo sempre o cuidado de a realizar no sentido de frente para trás. Devem evitar duches vaginais.
Podem-se utilizar fórmulas sobre a cicatriz que permitam a formação de um microambiente húmido local, o qual impeça a evaporação da água, aumentando assim a hidratação e favorencendo a cicatrização natural- o que reduz o tempo de cicatrização.
Secar fazendo uma leve pressão, sem friccionar, mantendo o períneo o mais seco possível.
Mudar com frequência o penso higiénico. Utilize pensos higiénicos de algodão, para que a ferida transpire.
Num processo de boa cicatrização, não é necessário, a utilização de antiséticos.
Realizar o aporte de vitaminas e minerais necessário, assim como o de analgésicos prescritos pelo o seu médico caso necessário, já que não prejudica o período de lactação.

Hábitos de higiene e alimentação
Tomar duche diário. Devem-se evitar os banhos de imersão nas primeiras 4 semanas.
Lavar as mãos antes e depois dos cuidados coma episiorrafia
Caminhar diariamente e iniciar exercícios físicos com a episiorrafia.
Caminhar diariamente e iniciar exercícios físicos moderados, com aumento progressivo de intensidade, a partir da 4ª semana pós - parto.
Devem-se evitar esforços físicos que comprometam o períneo (por exemplo levantar pesos), que podem levar à deiscência dos pontos ou a hemorragia.

A obstipação é muito comum no pós-parto, pelas dores associados à episiotomia ou a hemorróidas, muito frequentes neste período, e "medo" de realizar esforços a defecar. deve-se ter uma alimentação equilibrada, rica em fibras (cereais integrais, verduras e frutas), sempre associada a um aumento na ingestão líquidos. Para as hemorróidas pode utilizar pomada prescrita pelo o seu médico, evitando o contacto com a episiorrafia.

Recuperação do pavimento pélvico e pós- parto.
Realizar exercícios de kegel ( contrações seguidas de relaxamento dos músculos do períneo) desde os primeiros dias pós-partos
Peça ao seu médico e/ou enfermeira que a informem adequadamente.
Fortalecer os grupos musculares afetados durante a gravidez e o parto, com ginástica localizada para os músculos peitorais, das costas e abdominais, a partir da 4ª semana pós- parto.

Observações:
É normal que a ferida inflame, doa e enrijeça ligeiramente após o parto.
Passados os primeiros dias, dirija-de à sua enfermeira caso os pontos abram, ou se apresenta a nível da episiotomia: calor, dor, inchaço, aumento da dureza na zona, secreção de pús ou libertação de odor desagradável, assim com temperatura superior a 38º.
Evite as relações sexuais em penetração até que deixe de sangrar e sentir dores. Se precisar de ir ao centro de saúde ou qualquer posto médico, não se esqueça de levar a alta médica, as informações do enfermeiro, de possíveis doenças assim como da medicação que está a tomar.

Fonte: Italfarmaco
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Lista do que levar para a maternidade 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Vantagens e desvantagens do implante contracetivo

O que é o implante contracetivo?
É um pequeno bastonete flexível, com quatro centímetros, e dois milímetros de diâmetro.
É aplicado por baixo da pele, na face interna do braço, sob anestesia local.
A sua aplicação e remoção devem ser sempre realizadas por um(a) médico(a).
É eficaz durante três anos, ao fim dos quais pode ser automaticamente substituído por um novo, se a mulher assim o desejar.

Como atua?
O implante vai libertando lentamente uma pequena quantidade de hormonas - progestagénio - para a corrente sanguínea.

Atua de duas formas:
Impede a ovulação (libertação do óvulo);
Torna mais espesso o muco cervical, dificultando a entrada dos espermatozoides no útero.

Qual é a eficácia do implante?
A sua eficácia é de 99%, o que significa que menos de 1 mulher em 100 engravida, no espaço de um ano.

Importante saber:
  • Quando não é utilizada contraceção, em 100 mulheres sexualmente ativas, cerca de 80 a 90 engravidam, num espaço de um ano;
  • Alguns medicamentos podem diminuir a eficácia dos contracetivos hormonais, como por exemplo os utilizados para o tratamento da epilepsia e da tuberculose e alguns medicamentos utilizados pelas medicinas alternativas;
  • Sempre que for prescritos medicamentos deve avisar o seu médico de que está a utilizar um implante contracetivo.

Quando colocar o implante?
O implante deve ser colocado até ao 5º dia da menstruação, ficando a mulher desde logo protegida de uma gravidez não desejada;
Se o implante for colocado noutro dia do ciclo é necessário utilizar o preservativo durante os 7 dias a seguir à colocação, para que não haja risco de gravidez.
O implante pode ser colocado após o parto.

Vantagens
A mulher não ter que pensar todos os dias em contraceção.
Pode ser utilizado por mulheres que não podem ou não querem tomar estrogénios.
Ao contrário da pílula, a hormona presente no implante, não necessita de ser absorvida pelo aparelho digestivo, permitindo que a eficácia deste método não seja posta em causa, em caso de vómitos ou diarreia.
A mulher pode amamentar se estiver a usar o implante
É um método reversível: a mulher retoma a fertilidade pré - existente podendo engravidar logo depois de retirar o implante e esta decisão pode ser tomada em qualquer altura.


Desvantagens
Como o implante não contém estrogénios, as perdas sanguíneas ("períodos menstruais") são irregulares, podem deixar de existir ou tornarem-se escassas mas muito frequentes. Embora seja um efeito normal deste método, que não é prejudicial para a saúde nem para a fertilidade da mulher, é importante ser informada sobre esta alterações, antes da colocação do implante.
Tal como em outros métodos hormonais, algumas mulheres podem desenvolver quistos do ovários. Estes quistos são benignos e geralmente desaparecem sem necessitar de tratamento
Não protege das Infeções Sexualmente Transmissíveis.

Fonte: APF, apoio MSD



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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desenvolvimento do feto - 36 a 40 semanas

Está mais "gordinho".
O seu bebé está praticamente pronto para nascer. Estômago e rins funcionam agora perfeitamente; os pulmões estão totalmente desenvolvidos e prontos para respirar; o intestino já produziu mecónio (substância que será eliminada juntamente com as primeiras fezes); o corpo adquiriu uma boa camada de gordura.

Descansa bastante e prepara-se para o parto:
A pele do bebé já não é rugosa e fina como inicialmente, já se torna macia e delicada. Os cabelos já estão mais compridos. Nesta fase, os progressos mais interessantes ocorrem no desenvolvimento sensorial. A maior parte do tempo o bebé está a dormir e a descansar, como que se preparando para o nascimento.

Qual é o aspeto do bebé?
Finalmente é hora de nascer e o seu bebé está pronto para chegar ao mundo. Em média, o peso de um bebé no final da gestação é de aproximadamente 3300 gramas e o comprimento pode variar entre 48 e 52 centímetros (consoante o sexo).

Fonte: Italfarmaco (NatalBen)

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