quinta-feira, 17 de março de 2011

Histerossalpingografia

Trata-se de uma radiografia do útero e trompas de Falópio, incluindo os ovários. Na sua forma mais simples o contorno dos orgãos consegue obter-se bombeando díoxido de carbono para a cavidade abdominal, o que se disigna por insuflação tubárica. Isso fornece uma imagem bastante clara para determinar se o útero está livre e se as trompas de Falópio não estão bloqueadas.

Se se precisar de uma imagem mais rigorosa e promenorizada, como, por exemplo, saber exactamente onde é o bloqueio, pode injectar-se no útero e trompas um corante radioactivo opaco de modo que se vejam bem através dos raios X.
Se não houver bloqueios, o ar ou corante entra na cavidade e é absorvido pelo corpo, sem perigo.
Uma obstrução do útero ou das trompas vê-se muito bem porque o corante fica ali detido.

Porque se faz?
Faz-se mais vulgarmente em conjunto com vários testes para determinar se há esterilização, e também depois de uma gravidez ectópica para se perceber bem o local e a extensão do tecido cicatricial, deformação e bloqueio total das trompas de Fálopio.
As radiografias mostram se há algumas distrorção da cavidade úterina, como a que decorre de fibromioma ou quisto.
Também mostra se as trompas estão obstruídas  e onde. O que não consegue descobrir com rigor é o estado dos orgãos, e se restar alguma dúvida, o médico recorrerá talvez a uma laparoscopia para ver os órgãos directamente. Esta substitui em grande parte a histerssalpingografia.

Como se faz?
Faz-se com anestesia local ou sem ela. Alguns centros executam-nas em pacientes ambulatórias, o que é bastante seguro; não precisa ser doloroso e permite -lhe ir para casa no mesmo dia. Leva cerca de dez minutos. Se chegar à conclusão de que precisa fazer uma histerossalpingografia, pergunte ao seu médico o que pode conseguir  do seu hospital local e depois escolha.
Primeiro o colo do útero é exposto, inserindo um espéculo na vagina. Introduz-se um tubo metálico e injecta-se um corante solúvel em água no útero (um fluido radiopaco). Então tiram-se radiografias - enquanto se injecta o corante - que surgem num monitor de televisão. O médico verá se o líquido enche a cavidade uterina e corre para as trompas de Falópio. Se  não houver obstrução o corante espalha-se no interior do abdomem.

Quais os riscos?
Não é um procedimento difícil nem doloroso, embora o corante entre no útero e possa provocar algumas cólicas.

Algumas considerações a ter:
  • A histerossalpingiografia deve ser realizado antes da ovulação. Na maior parte das vezes coincide com períodos entre 5 a 12 dias depois do início da menstruação.
  • No dia anterior à realização do exame, deve fazer um microclister à noite.
  • No dia do exame não deve estar em jejum, tome o pequeno almoço e depois ingira o analgésico que lhe prescrito 30 a 60 minutos antes do exame.
  • Se tiver alergias ao iodo refira ao seu médico.
  • Após o exame pode voltar às suas actividades diárias.
  • Pode ter um corrimento claro ou ligeiramente hématico 24h após o exame.
  • Não deve ter relações até 48 horas após o exame.
  • Deve contactar o médico se após o procedimento tiver febre, dor abdominal severa ou hemorragia

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